A
luta popular por meio da comunicação tornou-se o alicerce político
da Brigada de Audiovisual dos Povos que inicia sua jornada cheia de
dúvidas quanto a sua organicidade, mas fieis ao compromisso
previsto.
A
mérito de jovens militantes, estudantes, agricultores, indígenas e
quilombolas a história desta Brigada se contextualiza através de um
sonho. Um sonho coletivo que ao ser socializado com um número maior
de jovens foi além do papel e transformou-se em prática.
A
primeira tarefa dada teve o compromisso político de perceber quem
somos e o que queremos. Tanto que a história da Brigada de
Audiovisual dos Povos, antes de se concretizar como Povos, foi
pensada para ser uma ferramenta única do Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra (MST).
A
juventude que pensou esta proposta estava ligada aos setores
organizacionais de Juventude e Comunicação do MST, que unindo
forças ao Coletivo de Núcleos e Estudos e Práticas em Políticas
Agrárias (NEPPA) conseguiu consolidar o primeiro material da
Brigada. Este
material tinha por objetivo gravar e divulgar a festa em comemoração
aos 25 anos do MST no estado da Bahia que aconteceu em setembro de
2012. Este seria o primeiro vídeo de um documentário mais denso
sobre a consolidação do MST em todo o território.
Dificuldades?
Foram muitas, faltaram: câmeras, tripé, cartões de memória e
financiamento. Porém, o vídeo foi publicado e divulgado cumprindo
assim o seu objetivo pré-estabelecido. Este
primeiro trabalho serviu para instigar a criatividade e o olhar
militante de cada integrante deste núcleo de audiovisual.
Para
ser dado um próximo passo foi necessário diversas reuniões, novos
membros entram outros se afastam, mas falta algo. Foi
preciso marcar um encontro, o Assentamento Terra Vista, localizado no
município de Arataca no Sul baiano, foi a base das discussões em
torno da consolidação dos princípios desta Brigada. Neste
encontro, foi possível abrir o olhar militante para atender uma
abrangência maior de organizações sociais, deixando de ser algo
exclusivo do MST para atender também demandas das Comunidades
Indígenas e Quilombolas.
Nossa História