sexta-feira, 28 de março de 2014


Tecendo a Manhã.
João Cabral de Melo Neto

"Um galo sozinho não tece a manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro: de outro galo
que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzam
os fios de sol de seus gritos de galo
para que a manhã, desde uma tela tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.

E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
 (a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão".

Foi assim galo por galo, grito por grito que fizemos a cobertura audiovisual, fotográfica, entrevistas, programas de rádio, blog, redes sociais, arte impressa, graffite e estencil, dando um importante apoio em toda assessoria de comunicação do evento. O resultado final de nosso trabalho pode ser acompanhado aqui no blog da Jornada, uma importante ferramenta que ajudará a divulgar ações agroecológicas dos Elos que realizaram o evento, assim como de todos que atua na perspectiva agroecológica no Brasil e América Latina.

A cobertura da II Jornada de Agroecologia da Bahia foi o último trabalho de 2013. O evento que foi realizado de 12 a 15 de dezembro é parte das ações da Teia Agroecológica dos Povos da Cabruca e da Mata Atlântica e foi sediado no Assentamento Terra Vista (MST), em Arataca (BA). A partir do tema “AGROECOLOGIA: unindo povos e saberes”, a Jornada reuniu mais de 500 pessoas, entre indígenas, mestres de tradição oral, quilombolas, movimentos sociais, assentados, estudantes, pesquisadores e profissionais em Agroecologia.

A Brigada de Audiovisual dos Povos reafirmou seu compromisso com os elos que compõem a Teia, sem perder sua autonomia. Estamos abertos a dialogar com outras redes, organizações e parceiros de toda a Bahia e de outros estados, de forma a realizar ações de questionamento a qualquer modelo imposto, construindo assim uma linguagem cinematográfica que seja popular e possa atender aos anseios das organizações populares.

Como tudo começou?

A atuação da Brigada de Audiovisual dos Povos teve início com a produção de um vídeo nas comemorações dos  25 anos do MST no Estado da Bahia, em setembro de 2012. Deste então, a ideia de criar uma brigada para se apropriar do conhecimento técnico no audiovisual foi deixando de ser um sonho para se tornar realidade.

Em junho de 2013, a Brigada deu mais um passo ao realizar o 1º Mutirão Audiovisual.  Sentados numa enorme pedra no Assentamento Terra Vista, na beira do Rio Aliança, 15 jovens decidiram que a brigada seria um espaço de formação e articulação entre os povos interessados em ter sua história contada de sua própria forma. O tamanho, o formato e a organização desse trabalho não estavam claros, e até hoje não estão, mas consideramos isso como uma construção que vai se fazendo de pedra em pedra. O caminho se constrói na caminhada.

A certeza que permeia os membros da Brigada é que realizamos muitas coisas após este primeiro mutirão, desde encontros de comunicação comunitária para consolidar núcleos de trabalhos internos, acolhendo as contribuições de organizações parceiras, até assumindo a cobertura de eventos organizados por estes parceiros e outros movimentos sociais populares.

Aos poucos, já surgem algumas oportunidades de atividade remunerada como o Encontrão da Juventude do Campo e Cidade e a Ação Florescer, assim como outras missões voluntárias como asPedagogingas e os Trechos da Teia Agroecológica. Todos estes trabalhos foram orientados pela Carta dos Princípios da Brigada de Audiovisual e seguem no exercício principal de colaborar com a formação técnica dos voluntários dos movimentos envolvidos, mas também, uma formação política e organizativa, de fazer a caminhada  da brigada e ser coerente com os princípios das comunidades que a integram.

Por que a comunicação é fundamental?

Acreditamos que a reapropriação dos meios e ferramentas de comunicação é elemento essencial para o fortalecimento e autonomia da luta popular. Através disso, sem a intervenção da grande mídia que oprime e silencia o povo, podemos contar nossa própria história, do nosso próprio jeito.

Queremos de alguma forma colaborar com a disponibilização de conteúdos audiovisuais que possam qualificar a educação popular, a militância e o cotidiano das comunidades, gerando também reflexões sobre a dominação dos povos feita pela grande mídia e pelos meios de comunicação da hegemonia ocidental, verdadeiros agrotóxicos da nossa luta e da autoestima coletiva de nossos povos.

Por isso usamos o audiovisual como instrumento de luta que colabora e se harmoniza com os outros instrumentos que em diferentes áreas têm contribuído para a garantia de territórios livre, comunitários saudáveis e autônomos!

Agradecimentos

Tudo isso só foi possível pela amadurecimento de cada um de nós que construiu a BRIGADA durante todo o ano, renovando a cada dia a esperança que é na noite de hoje que tecemos a manhã do dia que estar por vir. Um salve especial para toda a Brigada de Audiovisual dos Povos: Bob, Ronaldo, Wesley, Formiga, Camila, Anaíra, Quênia, Fabrício, Luara, Manu, Cauê, Nana, Dani, Say, Rodrigo e Emerson que ousaram sonhar juntos.

Porém, sabemos que um galo sozinho não tece a manhã, e por isso um salve mais do que especial aos que se aconchegaram durante a II Jornada: Ricardo, Nara e Keyane (Espaço Cultural Mercado Sul de Taguatinga - DF), Ronaldo Eli e TC Silva (Rede Mocambos), Cris e Mariana (Serra Grande - BA), Carla e Jairlan (Assentamento Terra Vista - BA), Ana Paula (NEPPA), Leo Pessoa (UFRB) e outr@s tantas pessoas que foram fortalecedores e qualificadores de nossa ação coletiva. Agradecemos profundamente por cada clique, cada ideia, cada cabeça, mão e corpo que se entregou nesta Jornada. Gratidão!

Escrito por: Caio Formiga
Publicado em: http://jornadadeagroecologiadabahia.blogspot.com.br/2014/02/brigada-de-audiovisual-dos-povos.html

 

Durante o XII Caruru de Ibeji e as  Pedagogingas, a Brigada de Audiovisual dos Povos esteve responsável pela cobertura fotográfica e audiovisual, além de publicação em redes sociais durante o evento. Confira o que foi este importante momento nas palavras de Anaíra Lôbo e Caio Formiga (colaboradores da Birgada) e Say Adinkra (colaboradora da Casa do Boneco de Itacaré)

 

 

XII Caruru de Ibeji e as Pedagogingas: para celebrar, aprender e partilhar novos modos de vida e beleza!

*

A Casa do Boneco de Itacaré - Bahia realizou, durante os dias 25 a 29 de setembro, o XII Caruru de Ibeji e as Pedagogingas. Evento maior da entidade, que acontece todos os anos, é um momento de celebração para as crianças e tem como foco a ancestralidade africana a partir da convergência de trocas de saberes entre todas as gerações, provocando outra perspectiva educacional. A Casa então disponibiliza para os visitantes aquilo que ela já é: um território de aprendizados, de axé, de vivência profunda e de convite a pensar caminhos que construam modos de vida com mais dignidade e afirmação identitária.
 
Mestre Elias Bonfim e o encantamento da oficina de bonec

A Casa do Boneco é cada vez mais a nossa Casa e vocês,
cada vez mais a nossa família”
José Balbino, morador de Arembepe, pai de Akim, companheiro de Tininha
A fala de Balbino resume o sentido maior do que significa o Caruru de Ibeji e as Pedagogingas: o sentimento de família, mas não o convencional e sim o que é aliado à cosmovisão africana: a família extensiva, os laços de solidariedade com o sentido de comunidade com uma disposição especial para cuidar dos modos de celebrar, de organizar a vida e a educação.
Mestre Lua Santana: oficina de capoeira angola
Oficina de canto popular com Mariana Bittencourt

As atividades tiveram nessa edição, uma variedade ainda maior que os anos anteriores: oficina de boneco com Mestre Elias; de percussão com o músico Nei Sacramento; de fotografia e técnicas audiovisuais com a Brigada de Audiovisual dos Povos e a equipe do Tabuleiro Digital; oficina de movimentos de dança africana com Kety Kim; de capoeira angola com Mestre Lua; oficina e instalação de rádio com Sergio Melo, José Balbino, Ronaldo Eli (Nordeste Livre); grafite com Ixlutx Ferreira e de canto popular afro-brasileiro com Mariana Bittencour, além de um conjunto de vivências com contação de histórias, teatro, arte circense, e brincadeiras livres com os mais pequeninos da festa!

Tambozada em abertura do evento

Palhaços Bolota e Tiururico fazendo a animação da garotada
Esse evento consegue trazer muita legitimidade a esse espaço... o espaço aqui é pedagógico, mesmo quando não está ocorrendo uma programação, tudo transpira a esse modo familiar de cuidar, de integrar, de respirar, o foco é mesmo a convivência familiar, vir para esse evento, é como ir para casa de um amigo e ficar lá... por isso muita gente deve voltar … A palavra não dá conta, é muito emocional, visceral” 
Mayne Santos, moradora de Serra Grande, Articuladora da Teia de Agroecologia.

Durante os 5 dias desse evento singular, os tambores revisitavam o nosso sentido maior, assim como os ibejis cuja morte foi enganada quando estes tocavam seus tambores mágicos sem parar... A todo tempo se ouvia os tambores, que passavam pelas mãos das crianças até as mãos dos mais velhos, sem diferenciação de espaços, num exercício natural de compartilhamento e fluidez de sentidos, práticas, trocas.
O evento foi acompanhado e transmitido ao vivo para toda cidade pela rádio Amnesia, uma rádio livre, “que esqueceu de seu dinheiro mas não esqueceu de você”, fruto da experiência do Coletivo Nordeste Livre, produziu importante cobertura com música negra, entrevistas e bate-papos, além de partilhar as técnicas de instalação e execução de rádio com os participantes do evento. 

 Aconteceu ainda, o lançamento do livro "Jogo de Discursos: a disputa por hegemonia na tradição da Capoeira Angola baiana" de Paulo Magalhães, e a noite cultural no sábado com a participação da Banda Sodi, Grupo o Kontra e discotecagem com o comando de Balbino , Akim e Lamartine que embalaram a preparação das comidas do caruru, um grande mutirão que começa no sábado à noite e se conclui próximo ao meio dia do domingo. 
No período da tarde de domingo, roupas brancas e coloridas, tossos, baianas, flores, água de cheiro, fogos, crianças, muitas crianças e os tambores comandam o tradicional cortejo que subiram da banca do peixe até a Casa, onde foi oferecido o Caruru dos Ibeji, momento mais marcante e aguardado do encontro.
A cada ano, o evento reúne mais pessoas, quem já veio, quer retornar, que não veio, quer conhecer. Pode-se afirmar, que o evento está consolidado enquanto agenda nacional que traz o sentido maior das pedagogingas: essa disposição dos modos e dos saberes, do axé e do trabalho, do lazer, do prazer e da comida, do oral e do tecnológico, das mulheres e homens, crianças e jovens, mestres e mestras, do tambor, do baobá, dos orixás....
A Casa tem muita raça pra fazer um evento desse sem apoio nenhum do Estado, o que nos mantém não está no plano do racional... Somos muito gratos aos orixás, eles sobretudo nos sustentam e essa força é alimentada também pelos coletivos e dezenas de famílias que se integram à nossa para “fazer um mundo mais do nosso jeito”
Diretoria da Casa do Boneco
 

Oficina de Stop Motions - Brigada de Audiovisual dos Povos
 
Oficina de Grafitagem com Ixlutx Ferreira
Oficina de Movimentos de danças africanas com Kety Kim
 

 Aminésia sintonizando as Pedagogingas nas ondas do rádio!



 
Lançamento do Livro de Paulo Magalhães: Jogo de Discursos


Noite Cultural em alto estilo no preparo das comidas do caruru
 
Nei Sacramento com sua banda O Kontra em belíssima apresentação do Xirê dos orixás
Banda Sodi garantiu o  reggae na noite cultural

 
Cortejo do Caruru com os Ibejis Uil e Akim
Salve as pretas do caruru!
Celebração do caruru!
Confira mais fotos do Caruru aqui: http://www.flickr.com/photos/103371947@N03/
Escrito por: Anaíra Lobo, Caio Formiga e Say Adinkra
Publicado em: http://casadoboneco.blogspot.com.br/2013/10/xii-caruru-de-ibeji-e-as-pedagogingas.html

terça-feira, 25 de março de 2014

Entre 19 e 21 de julho, o Assentamento Terra vista (Arataca BA),  sediou o "Encontro de Produção Audiovisual e Comunicação Comunitária", o encontro reuniu diferentes coletivos: MST, Rede Mocambos, NEPPA (Núcleo de estudos e Práticas Agrárias), GAIA (Grupo de Ação Interdisciplinar em Agroecologia), além de integrantes da Teia de Agroecologia dos Povos da Cabruca e da Mata Atlântica e do Projeto Tabuleiros Digitais.
O encontro consolidou a Brigada de Audiovisual dos Povos, coletivo que integra os diferentes movimentos reunidos no evento, com o objetivo principal de formar multiplicadores de audiovisual que consigam estruturar a comunicação em suas comunidades, tendo a apropriação do audiovisual como uma estratégia central que além de fortalecer a identidade comunitária, incentiva a produção de nossos próprios conteúdos, fortalecendo a luta.

Para o Núcleo Bahia de Formação Continuada, o encontro foi o início da construção do Núcleo de comunicação da Teia de Agroecologia dos Povos da Cabruca e da Mata Atlântica. Depois do Encontro na Casa de Cultura Tainã, assumimos uma missão com nosso território em fortalecer a perspectiva de comunicação comunitária, apropriação tecnológica, especialmente com as ferramentas da rede.
 "A integração com a Brigada de Audiovisual reforça princípios de solidariedade e colaboração entre saberes e fazeres, levando em conta o respeito e as especificidades das comunidades onde estamos construindo outros modos de  sociedade, rebeldia e humanização das relações. Não foi difícil perceber que os objetivos do nosso Núcleo e da Brigada, são convergentes, vamos caminhar na força dos frutos desse encontro", afirma Say Adinkra, articuladora da Rede Mocambos.

Ao longo dos próximos meses, já temos a sinalização de uma importante agenda que dará continuidade ao processo:
- Agosto: Mutirão Casa do Boneco - atualização das ferramentas da rede e organização de conteúdos / intervenção no telecentro do Quilombo Lagoa Santa
- Setembro: Brigada Audiovisual realiza mutirão e oficinas durante o XII Caruru de Ibeji e as Pedagogingas
- Outubro: Mostra Quilombo Incena e Fórum Baiano de Cinema Comunitário
 
 
Por Say Adinkra
Fonte: http://casadoboneco.blogspot.com.br/2013/07/nucleo-bahia-de-formacao-continuada-da.html
Publicado em: sábado, 27 de julho de 2013
Entre os dias 19, 20 e 21/07 aconteceu no Assentamento Terra Vista, localizado no município de Arataca-BA, o “Encontro de Produção Audiovisual e Comunicação Comunitária” envolvendo moradores do assentamento, militantes do MST, do Ponto de Cultura Casa de Boneco, representantes de comunidades Quilombolas e Indígenas do território Litoral Sul, membros do Grupo de Estudos e Práticas em Políticas Agrárias (NEPPA) e do Grupo de Ação Interdisciplinar em Agroecologia (GAIA) e da Rede Mocambos, além de integrantes do projeto Tabuleiros Digitais, totalizando 30 pessoas.



Todas essas organizações tinham por objetivo maior contribuir na consolidação da Brigada de Audiovisual da Bahia que propõe fortalecer os veículos de comunicação já existentes em cada entidade. Possibilitando, a criação de novas ferramentas e formando multiplicadores do saber técnico da construção de documentos audiovisuais, utilizando-os a favor da luta popular.


Durante os dias de encontro, os participantes debateram a importância da comunicação como ferramenta de luta social e construíram coletivamente os princípios, objetivos e a divisão de tarefas orgânicas da Brigada, consolidando assim o coletivo e agendando desde já, ações na perspectiva da produção audiovisual.

Compreendendo a importância da comunicação como ferramenta estratégica de luta, Joelson Ferreira, Assentado no Terra Vista e integrante da Teia de Agroecologia, afirma que os movimentos e organizações devem aliar a ação de luta a divulgação. Pensando desta forma, é possível construir ideologicamente uma mensagem positiva sobre as questões que norteiam as mobilizações sociais.

Para Ele, “a Brigada de Audiovisual deve cumprir o papel de construir dentro dos movimentos e organizações novas perspectivas de luta, protagonizando a participação da Juventude, formando assim, novos militantes comunicadores”.

Brigada

A brigada de audiovisual surge a partir da necessidade das organizações sociais do campo de criarem novas ferramentas para dialogar com a sociedade, levando em consideração a importância da luta de cada organização para que se efetive um modelo social justa e igualitário.

“A Brigada possuí o dever de mostrar a real imagem dos diversos povos que vivem no campo, para isso é preciso desconstruir a deturpada ideia que a grande mídia construiu referente a luta popular e as manifestações culturais que enraízam o processo das organizações sociais”, afirma Jorge Rasta, integrante da Casa de Boneco. 

O primeiro trabalho realizado pela Brigada foi um vídeo sobre as festas de 25 anos de MST no estado da Bahia, comemorado em setembro de 2012. Deste então, a ideia de criar uma brigada que possa estar se apropriando do conhecimento técnico no audiovisual tornou-se presente nas entidades que estavam contribuindo no processo.

Este já é o segundo espaço construído pela Brigada de Audiovisual visando a consolidação da mesma e a formação de novos comunicadores populares. 

Em junho, reuniram-se cerca de 20 jovens de diversas organizações para debaterem e produzirem alguns documentos audiovisuais da 1º Jornada de Agroecologia, tendo como perspectiva, a divulgação de um modelo de produção sustentável e a formação da juventude inserida, tendo este espaço como um primeiro momento de consolidação da Brigada.
  De acordo com a Carta dos Princípios da Brigada de Audiovisual, “no mundo novo que queremos construir, não ha lugar para as velhas opressões (racismo, machismo, homofobia) e, diante disso, nos propomos a construir nossa pratica, a partir da educação popular e da vivencia comunitária. Queremos criar uma ferramenta contra-hegemonica em relação ao modelo imposto, construindo assim uma linguagem cinematográfica que seja popular e possa atender aos anseios das organizações populares”. Confira a carta completa aqui


Por Wesely Lima
Fonte:  http://vozdomovimento.blogspot.com.br/2013/07/brigada-de-audiovisual-da-bahia-e.html


26 de junho de 2013

Entre os dias 21 a 24 de junho, a Brigada de Audiovisual da Bahia realizou o 1º Mutirão de Audiovisual no Assentamento Terra Vista, em Arataca, sul do estado.

Com o objetivo de capacitar e formar os jovens nessa área, a atividade durou três dias. Os participantes foram divididos em dois grupos de trabalho: o primeiro selecionou as imagens da 1º Jornada de Agroecologia que aconteceu no assentamento no final do ano passado e as editou.

Já o segundo grupo colocou em prática a captação de imagens e realizaram a filmagem de vídeos, tendo como parâmetro o uso de algumas técnicas básicas e o aperfeiçoamento na fotografia.

Para além das atividades práticas, o mutirão possibilitou espaços teóricos sobre o manuseio de algumas ferramentas de edição de vídeo e táticas para a produção.

O projeto “Tabuleiro Digital” foi elaborado pelo coletivo Núcleo de Estudos e Práticas em Políticas Agrárias (NEEPA), Onda Digital e pelo Grupo de Pesquisa Educação, Comunicação e Tecnologias (GEC) da Universidade Federal da Bahia (UFBA), ao visarem a inclusão digital e a participação social.

O projeto foi colocado em prática por meio de um edital aprovado pelo Ministério da Educação (MEC).

O Mutirão contou com a participação de cerca de 30 pessoas, entre a juventude e algumas crianças do Assentamento Terra Vista, representantes do Ponto de Cultura Casa de Bonecos, integrantes do NEEPA, representantes do Onda Digital, GEC e militantes do MST.

Brigada de Audiovisual

A brigada de audiovisual no estado surgiu em setembro de 2012 nas festas de 25 anos do MST na Bahia. Confira o vídeo realizado abaixo.



Ainda em processo de consolidação, a proposta da brigada é formar multiplicadores para que possam levar para outros locais a proposta de se comunicar por meio de vídeos, e que sirva como uma ferramenta de diálogo entre os movimentos sociais e a sociedade.

Por: Wesley Lima
Fonte
: http://www.mst.org.br/Juventude-Sem-Terra-investe-na-formacao-da-Brigada-de-Audiovisual-na-Bahia